1612

Em 2009
O tratado de Tordesilhas (1494) é o marco inicial do espetáculo, a aparição de Francisco I (Rei da França) renegando o tratado, afirmando desconhecer o testamento de Adão em que deixava o mundo apenas para Portugal e Espanha.
Em 1594, Jacques Riffault e Charles de Vaux estabelecem uma feitoria. A cena se segue com a apaixonada fala de “de Vaux”, mostrando ao rei Henrique IV da urgente necessidade da coroa francesa em se apossar das terras do Maranhão, antes que os portugueses chegassem por lá, o rei então decide enviar Daniel de la Touche para ver a viabilidade da empreitada. Daniel faz o combinado e ao voltar à França depois de seis meses de analise encontra o rei assassinado, mas depois de algumas tentativas consegue falar com Maria de Médicis, e finalmente obtém a tão desejada concessão para estabelecer a França Equinocial, numa cena em que a soberana faz todas as recomendações acerca da viagem (texto extraído de carta datada de 12 de outubro de 1611).E finalmente a cena da sua chegada triunfal, depois de mais de cem dias de viagem, recebido amistosamente pelos índios. A visão da primeira missa. Todos reunidos, a tripulação e os nativos tupinambás.
E a história se segue em frente ao forte que deu origem à cidade de São Luís. La Touche se preparando para a batalha que viria a se chamar Guaxenduba, quando índios e franceses unidos e em maior número foram derrotados pela desfalcada tropa lusitana. Num episódio intitulado de Milagre de Guaxenduba, em que se acredita que a vitória tenha se dado pela presença da Virgem Senhora no meio do batalhão português, a famosa Jornada Milagrosa. Os dois líderes rivais chegam a um acordo suspendendo as hostilidades por um ano.Depois da derrocada francesa La Ravardière entrega o forte de São Luís, pedindo para ficar, por amor à terra a que muito se afeiçoara. Terminando sua história preso por três anos em Pernambuco.
Então a nossa história, nossa cena, se encarrega de deslizar um pouco pela imaginação, e por alguns minutos informa o real, dando um final diferente, um final que hoje, o povo do maranhão, com certeza, daria ao fabuloso Daniel de La Touche e a sua frança tão querida pelos lados de cá.
Adaptação histórica: Armando Veras

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